O autocontrole não é um estado permanente de calma, mas um treino diário. Ele é construído nas pequenas decisões: respirar antes de reagir, pausar antes de responder, reconhecer o que sentimos antes de agir. São gestos simples que, repetidos com intenção, fortalecem a mente.
Costumo dizer aos meus pacientes que autocontrole é como fortalecer um músculo emocional. Não se trata de reprimir, mas de canalizar. Essa habilidade é desenvolvida quando criamos rituais que nos conectam ao momento presente, como uma caminhada ao ar livre, um café silencioso pela manhã ou o hábito de escrever pensamentos no papel.
Durante um período de alta demanda profissional, criei o costume de tirar um minuto de pausa antes do primeiro atendimento. Era um instante de silêncio, olhando pela janela e respirando profundamente. Esse simples ritual mudou meu dia. Descobri que, mesmo em meio ao caos, é possível encontrar equilíbrio — basta dar espaço à própria presença.